domingo, 2 de agosto de 2015

Canto da Abadessa Hildegard Von Bingen





Oh verdíssima rama (tradução livre)

Oh verdíssima rama, salve!
tu que surgiste no sopro
do mistério sagrado.
Era o tempo chegado
de em teus próprios galhos floresceres,
sejas, assim, louvada!,
pois o sol em ti transuda, ardente,
um bálsamo cheiroso.
Deveras em ti abriu rara flor,
que para todos, áridos antes,
deu seu perfume.
E então tudo apareceu
em sua verdura plena.
E o céu derramou seu orvalho
sobre a relva
e toda terra exultou,
pois de seu ventre
brotaram os grãos,
e as aves do céu
nela fizeram seus ninhos.
Assim foi criado o alimento do homem
e a riqueza feliz dos banquetes.
Virgem suave, oh, em ti
nunca míngua a alegria.
Eva uma vez lamentou tudo isso,
mas agora, seja louvado o Altíssimo.

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